quarta-feira, 25 de novembro de 2009

HOMILIA DA SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO

SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO

ENCERRAMENTO DO ANO CATEQUETICO: CATEQUESE CAMINHO PARA O DISCIPULADO,

DIA DO LEIGO (A) – ENCERRAMENTO DO ANO LITURGICO DE 2009

Querido povo Deus, irmãos, irmãs, vindos de nossas comunidades, sejam bem vindos. É uma imensa alegria poder celebrar com vocês neste domingo. Nosso encontro é uma expressão marcante de nossa vocação e de nosso Ministério. Deus nos reúne em torno de um único e mesmo ideal.

No resplandecer de mais uma aurora faz-se despontar o Sol da Justiça, Aquele que ilumina e aquece o coração um tanto endurecido e desfigurado pelas fadigas do dia-a-dia. Este Sol é o próprio Cristo Jesus, que hoje a Liturgia reconhece como Rei e Senhor de todo universo. A Ele nós queremos seguir. Uma vez que afirmamos que é Ele o Caminho, a Verdade e a Vida, não tenhamos receio algum em trilhar por essa via, nela nossa insegurança pode tornar-se segurança.

Chegamos ao final do ano litúrgico de 2009, Pudemos, no decorrer de cada domingo, caminhar com Jesus, rumo à cidade de Jerusalém, onde Ele se encontrou com as autoridades, a fim de romper com as estruturas de opressão.

Muitas coisas nós celebramos. Umas com um tanto mais de entusiasmos, outras, talvez, movidos pela rotina ou simplesmente pelos caprichos de nossa fé, que é limitada. Mas o importante é que não desanimamos de lutar.

Hoje, aqui, estamos felizes e repletos de esperança, sonhamos com os planos de Jesus. Nosso batismo se confirma quando somos capazes de sentir-nos Igreja, fazer-nos Igreja, ou melhor, ser Igreja.

Quantas coisas nós aprendemos! Algumas colocamos em prática, outras, pela nossa incapacidade de pensar com o pensar de Jesus, deixamos passar o tempo e nada fizemos. Pelo arrependimento Deus nos perdoa. Sua misericórdia é bem mais ampla que as nossas falhas.

Neste ano catequético, além de enfocar com força destemida que não existe outro meio de ser Igreja senão pelo processo do discipulado, também aprendemos que é mesmo pelo exercício do discipulado que se vive a Missão. Missão. Como falamos de Missão! Agora, missionário precisamos ser.

Aos distintos catequistas, meus mais sinceros agradecimentos por desempenhar tamanha responsabilidade. Não tenham medo e nem vergonha de ocupar seu tempo em aprender as coisas de Deus, para depois transmiti-las. A catequese não acaba nunca. Somos catequizadores e catequizandos simultaneamente. Não podemos negligenciar a nossa vocação. Lembremo-nos de Jesus que veio para servir. Como catequistas, sua missão é o Serviço, e este carece de aprendizado, caso contrário podemos ser bons mercenários e não bons missionários. Vivam com lealdade o chamado que Deus fez a vocês.

Ao celebrar hoje, o dia do Leigo e da Leiga, quero, antes de tudo, apontar para a missão que se desponta sobre o seu ser cristão. Foi o Batismo que nos incorporou à Igreja de Jesus Cristo. Cristamente falando somos todos Iguais. Apenas nos diferenciamos no exercício de nosso ministério. Como Cristãos Leigos, vocês são a riqueza e o tesouro da Igreja. Assumam com lealdade a vocação batismal. Vivam com maturidade e objetividade o ministério laical. Aí há espaço e lugar para a santidade; eis o desafio de nossa fé.

Em pleno apogeu do ANO SACERDOTAL, cabe-nos, aqui, apontar para o mistério amplo e fecundo da Igreja Povo de Deus, onde juntos, somos conclamados a implantar o Reino apresentado por Jesus. Ele, que como Rei e Senhor, ocupou-se da humildade para revestir-se de uma atitude serviçal, como forma eficaz de despojamento, dando-nos um grande exemplo.

Na Liturgia, servimos desse exemplo para, de modo mais direto, fazer de nossa missão uma expressão de serviço. De modo muito singular, queiramos deixar-nos moldar pela escuta atenta da Palavra do Senhor. Maneira simples e atraente de fazer-se discípulo. Carecemos em nossa expressão celebrativa de uma atitude com menos ruídos, mais silenciosa. Não tenhamos medo de ouvir a Palavra, pois, como diz o próprio Senhor, “todo aquele que é da verdade escuta a minha voz.”

Estamos encerrando o ano litúrgico, mas a vida continua. Lembremo-nos do que a Conferência de Aparecida fala, de uma atitude de conversão. “A renovação da Paróquia exige atitudes novas da parte dos padres... requer também uma nova adesão de todos os leigos, que estes sintam-se co-responsáveis: na formação dos discípulos e na missão (...) Uma paróquia renovada multiplica as pessoas que realizam serviços e acrescenta os ministérios” (DA 201,202).

Lembro-me, com muito carinho e afeto, do serviço prestado à comunidade por meio do ministério da música. Rezamos ainda a pouco pedindo o auxílio de Santa Cecília, padroeira dos músicos, animadores de nossas celebrações. Pedimos ao Senhor que suscite em nossas comunidades pessoas que possam abraçar com entusiasmo essa vocação. Deus abençoe a todos.

PADRE VICENTE PAULO MOREIRA BORGES, MSJ

domingo, 8 de novembro de 2009

SOLENIDADE DE CRISTO REI

Por Andréia Scotton


No mês de novembro a igreja celebra a Solenidade de Cristo Rei, data em que reavivamos em nossa memória que Jesus Cristo, o nosso Salvador, é o Rei do Universo.
Um rei diferente de todos os que já pudemos ouvir e conhecer, um rei que ampara, que sofre, que se entrega pelo seu povo. O seu reinado foi construído com o poder do amor, com a força da paixão pelos seres humanos.
Em seu reinado todos têm o direito de viver ao seu lado, como irmãos, e o dever de amar o próximo como a si mesmo.
A educação é a sua principal meta: todos os que forem evangelizados verdadeiramente serão cidadãos melhores, terão famílias baseadas em princípios de fé e união e com isso gerarão o amor em seus lares e o levarão por caminharem.
Sem sentirmos pagaremos o imposto sobre tamanho reinado, a convivência pacífica e harmoniosa com a população.
Só mesmo um Rei que viveu como um de nós, que sofreu as tentações que todos nós sofremos e que se entregou para nos aproximar do céu poderia reinar com tamanha misericórdia.
Salve o nosso Rei! Salve JESUS CRISTO!

VIDA SOBRE RODAS


Por Rodrigo Almeida (Estudante de Jornalismo UNITAU)

Sou deficiente físico desde quando nasci e me locomovo por meio de uma cadeira de rodas. Em virtude disso, muitas pessoas me perguntam se o principal desejo da minha vida é andar. E todos ficavam surpreendidos perante a minha resposta: “Não”.
Tudo bem, o meu ponto de vista pode até ser diferente de outros deficientes, talvez porque eu já esteja acostumado com o meu estilo de vida. Mas por que algumas pessoas olham para um deficiente como se ele fosse uma vítima? Será que elas pensam que uma pessoa que possui limitações não é capaz levar uma vida normal? Ou será que elas ainda pensam que o deficiente é um ser que fica trancado em sua casa?
Conheço muitos deficientes que, mesmo com algumas limitações, é claro, levam uma vida normal, muitas vezes com mais alegria e vontade de viver do que as pessoas denominadas “normais”.
Eu estaria mentindo se dissesse que nunca pensei que “se eu andasse, tudo seria mais fácil”. Mas logo extingui esse pensamento, pois tenho a possibilidade de viver uma vida normal. Além do mais, o desejo de ser bem sucedido profissionalmente, entre outros, está à frente do desejo de andar.
É evidente que eu apresento dificuldades na realização de algumas tarefas, até porque tenho sequelas de paralisia cerebral (vale ressaltar que é isso o que ocasiona a minha deficiência física), mas é uma questão de adaptação ao corpo e à rotina.
Foi-se o tempo em que o pensamento que imperava era o de que o deficiente é um ser incapaz que deve ficar trancado em casa. Os tempos são outros. O mundo está se tornando mais acessível ao deficiente. (É verdade que ainda existem muitas falhas quando o assunto é acessibilidade, mas isso é um tema para um próximo texto). De nada adianta se o mundo mudar e o pensamento das pessoas ficar preso ao passado.

A vida em comunidade possibilita que cresça em nós a consciência missionária

Por Edwiges Moraes

O mês de outubro é, para a Igreja Católica presente em todos os continentes, o período em que as iniciativas de reflexão, formação, animação e cooperação missionárias são trazidas para mais perto de nós a fim de promover e despertar a consciência missionária cristã, incentivando, de maneira muito forte, as vocações missionárias.
Atenta a este apelo é que a Paróquia do Menino Jesus realizou, no último dia 18/10, mais uma edição da Gincana Missionária, na qual estavam presentes as 13 comunidades que formam a Paróquia. Foi um momento muito intenso, em que os participantes se empenharam na organização e na realização das provas. De união, quando esta foi solicitada, e de vitalidade, para mostrar que a Igreja é de natureza missionária.
Vale lembrar Dom Pedro Casaldáliga em um de seus escritos: “se sou batizado, sou missionário; se não sou missionário, não sou cristão”.