quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Tempo de descobertas, tempo de aprendizado

Por Wagner Quim, msj

Acredito que não existam outras palavras que sejam mais adequadas para exprimir a experiência ímpar que foi a de viver dentro do seminário, Casa Missionária Pe. Chico. Convivi durante sete anos no seminário, onde fiz, em primeiro lugar, irmãos e, dentre esses irmãos, muitos amigos. Se existem coisas, dentro do seminário, cujo valor seja inestimável, incorruptível, essas coisas são as amizades que plantei e colhi ao longo do meu processo de formação e, certamente, essas amizades que me foram concedidas por obra e graça de Deus, serão para mim, como luzes que me guiarão por caminhos seguros.
O seminário é tempo de descobertas, é tempo de ser ousado, de ir além de suas próprias divisas e obstáculos, é deixar-se formar como o barro se deixa formar nas mãos do oleiro; barro que oferece resistência, às mãos do oleiro, dificilmente irá se constituir numa bela peça de arte, quando muito, numa peça disforme. O seminário também é tempo de aprendizado, tempo de acolher novas formas de pensar, de agir, de propor, de se relacionar. Não é tempo de se fechar em si mesmo, nem tampouco, apossar-se do espaço que não lhe pertence. O seminário é acima de tudo, tempo de enamorar-se da graça de Deus que nos transforma e nos capacita, para assumirmos nossa missão na Igreja de Cristo.

Ser Missionário de um novo tempo!

Por Edilson Almeida

Bem sabemos que ser missionário não é privilégio de determinadas pessoas, mas a essência do cristão: “Anunciar o evangelho é necessidade que se me impõe”. (I Cor 9,16). Mas como ser Missionário de um novo Tempo?
Muitas vezes imagina-se que ser missionário é percorrer grandes distâncias, ir para outros continentes. Muitos inquietam diante da difícil viagem de sair de si, ir ao encontro do outro, ir ao encontro do “diferente”, ir ao encontro do marginalizado e sabemos que estes são os preferido de Jesus, mas não colocamos em prática esta ação.
Somos chamados a pregar o evangelho de Cristo “com renovado ardor missionário” não de qualquer maneira, mas que responda aos “novos anseios do povo”. Talvez seja a exigência do Evangelho que nos causa “medo”, pois, exige de mim, de você, de todos nós, uma abertura constante, pessoal e comunitária para responder aos desafios de hoje. A ação de ser Missionário exige a missão da fidelidade ao “envio” de Jesus: “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio” (Jo 20,21). Quantos perdem o entusiasmo diante da missão, no entanto deveriam se alegrar com o anúncio da boa-nova libertadora.
Como evangelizador Jesus anuncia em primeiro lugar um reino, isto é, o Reino de Deus, de tal forma que em comparação este Reino tudo o mais passa a ser o resto. “Em primeiro lugar busquem o Reino de Deus e a sua justiça, e Deus dará a vocês em acréscimo, todas as outras coisas” (Mt 6,33). Jesus mostra que somente o Reino de Deus é absoluto. No entanto Ele parece ser um pouco radical em seu anuncio que consegue mexer com a posição das autoridades (Cf. Mc 11,28). No anúncio do Reino, Jesus toma uma postura que não condiz com a mentalidade da sociedade de sua época. Anuncia a libertação de tudo aquilo que oprime o ser humano (Cf. Mc 2,10).
Ser missionário é colocar o seu dom a serviço deste Reino de libertação, é assumir o novo estilo de missão: não levar, mas descobrir. Não só dar, mas receber. Não conquistar, mas partilhar e buscar juntos. Não ser mestre, mas aprendiz da verdade. A missão nos permite criar novos laços, novas relações, um novo jeito de olhar a vida, um novo jeito de ser Igreja.
Ser Igreja é transmitir a Boa Notícia de Jesus sobretudo pelo testemunho. É evangelizar, é assumir um compromisso com a comunidade que vive e levá-la à sua vocação de ser missionária. Então, acredito que agora ficou “claro”. Não somente sou Missionário quando vou anunciar “fora” de onde vivo, mas o desafio está ser missionário em minha casa, no trabalho e na comunidade em que vivo.
Eis o desafio do novo tempo: precisamos assumir o compromisso de sermos cristãos, vivendo e transmitindo a boa-nova da paz, da justiça, do amor, do perdão, da fraternidade, da acolhida.

Alegre-se! Eis que renascerá o Menino Jesus, aquele que veio para nos salvar.

Por Andréia Scotton
Muitos de nós querem se preparar para o Natal. Compramos árvores de Natal, enfeitamos a fachada da casa, adquirimos novos presépios e aguardamos o dia da benção da imagem do Menino Jesus.
No entanto, alguns sentem um vazio em seus corações por terem perdido entes queridos, por passarem por necessidades materiais ou por terem magoado pessoas a quem tanto amavam.
Muitas são as formas de vazios e muitas são as lamentações que podemos fazer, mas não é hora e nem momento para isso, porque durante o advento temos que direcionar nossos ouvidos e coração para ouvirmos a Palavra de Deus que nos mostra o tamanho da sua misericórdia e da sua atenção por cada um de nós.
Deus nos indica o caminho da segurança, nos garante a sua proteção e o seu amparo. E quer que saibamos disso para que assim sintamo-nos felizes em fazer parte do seu reino aqui na Terra e brevemente, se assim o quisermos, ao seu lado, na glória eterna.
E com tanto amparo, amor e misericórdia possamos enxergar os nossos irmãos com o coração livre de muitas amarras e fazer, em nome do Pai, a sua palavra ser ouvida e vivenciada.
Leia, saboreie todo o testemunho que Ele preparou para que nunca nos esqueçamos do seu amor pela humanidade.
Sugerimos as leituras bíblicas do Advento, como forma de penetrarmos mais profundamente no mistério deste tempo: Lucas 3, 1-6; Filipenses 4, 4-7; Lucas 3, 10-18; Hebreus 10, 5-10.

“Vem e segue-me”

Silvano Alves, msj

“Vem e segue-me”. É a forma mais habitual do chamado que Jesus dirige àqueles que almejam não apenas segui-lo, mas colocar em prática o seu mandato missionário. No início da minha caminhada vocacional no Instituto Missionário São José, recordo-me da experiência que tenho vivenciado e contemplado no meu processo formativo em seguir com grande alegria e entusiasmo, o ardor missionário e o ideal de vida proposto pelo Padre Libânio Cicuto (fundador do IMSJ) “Ir onde a Igreja necessita de nós”. O desejo e o anseio de viver com intensidade o serviço à Igreja como discípulo missionário, despertando nos outros a vida missionária de Cristo, o enviado do Pai que veio para servir e dar a vida (cf. Mc 10, 45), encorajou-me a seguir os passos de Jesus, mesmo consciente de que “Deus quando chama alguém para um serviço, uma vocação, Ele exige muito...Ele exige tudo! Nisto Ele não é generoso não, Ele é exigente!”, já dizia o nosso fundador. Convicto desta exigência para consagrar-me plenamente ao Senhor, busquei no decorrer do processo formativo, incansavelmente, ajuda de tantos formadores para preparar-me para a vida religiosa. “Eis-me aqui, eu vim, ó Deus para fazer tua vontade” (Hb 10, 7). Este é o lema da minha ordenação diaconal que escolhi como fonte inspiradora do chamado que Deus me fez para assumir e me comprometer com a missão que me está sendo confiada. Na expectativa de viver esse momento tão significativo e expressivo que é próprio da Igreja oferecida aos homens que almejam fervorosamente seguir o discipulado do Divino Mestre, expresso os sentimentos de alegria e gratidão a Deus que brota no âmago da alma por esta dádiva que é própria dEle, reservada ao homem. Agradeço primeiramente a Ele, à minha comunidade religiosa, familiares e amigos que me ajudaram e dedicaram com suas orações à minha vocação, na esperança de ser um bom Missionário São de José.
Que Deus nosso Criador, Jesus Cristo bom Pastor e Maria Mãe do Redentor continuem suscitando na vida da Igreja vocações sacerdotais, religiosas e missionárias para o serviço do Reino de Deus e da humanidade.
Deus abençoe a todos!

O TEMPO

Por: Maria Isabel

Nosso primeiro referencial de tempo é o ciclo da vida: nascer, crescer, amadurecer, envelhecer e morrer; são etapas que marcam toda a nossa existência. Por meio destas etapas “vemos” o tempo passar. Outros referenciais importantes são: o tempo “solar” (o ano e suas estações - inverno, primavera, verão e outono); o tempo “lunar” (as fases da lua) e, finalmente, o dia e a noite.
A Igreja apóia-se na experiência humana do tempo para celebrar os acontecimentos da História da Salvação. Não é como o ano civil, que começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro, mas começa no Ciclo de Natal (Advento e Natal), depois o Tempo Comum (1ª Parte), seguido do Ciclo da Páscoa (Quaresma e Páscoa) e por último o Tempo Comum (2ª Parte). Portanto, na Igreja vivemos ciclicamente o tempo.
Viveremos no período de 30 de novembro a 24 de dezembro o Tempo do Advento, com a finalidade de avivar em nós espera do Senhor. Dentre tanto símbolos para usados neste tempo, a Liturgia se vale da cor roxa.
E ainda poderíamos dividi-lo em duas partes; a primeira marcada por um caráter escatológico, que nos orienta para a vinda do Senhor no final dos tempos; e a segunda que poderíamos chamar de “Semana Santa” do Natal, que nos convoca a uma preparação eminente para a vinda de Jesus na História, ou seja, o Natal.

Agenda de dezembro

1 – Reunião Paroquial da Pastoral do Dízimo – Matriz – 19h30
2 – Missa de São José – Matriz – 19h30
5 – Preparação para pais e padrinhos – Matriz – 19h
6 – Celebração do Batismo – Matriz – 9h
9 – 1º dia do Tríduo da Ord. Diaconal – Matriz – 19h30
10 – 2º dia do Tríduo da Ord. Diaconal – Com. Sta Teresinha – 19h30
11 – 3º dia do Tríduo da Ord. Diaconal – Com. São José – 19h30
12 – Ordenação Diaconal: Wagner e Silvano – Matriz – 9h30
15 – Assembléia do CPP- Matriz – 19h30
16 – Encerramento da Novena de Natal - Matriz – 19h30
19 – Celebração da Vida - Pastoral da Criança – Festa de Encerramento – Matriz – 14h
- Jantar de Natal – Salão Paroquial – 21h
24 – Vigília de Natal – Com. São José – 19h30
– Vigília de Natal – Matriz – 21h
25 – Natal do Senhor Jesus – Matriz – 19h
31 – Missa em ação de graças 2009 – Matriz – 20h
01 /01 – Missa do Ano Novo – Matriz – 19h