quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

OPINIÃO: Entre tempestades e terremotos, a solidariedade


Por Pe. Jaime Lemes, msj



“Será mesmo o fim?”. Este foi o questionamento de muitas pessoas com quem conversei a respeito dos últimos acontecimentos. Certamente, essa indagação ainda paira sobre a cabeça de muita gente. Quem que, diante de tantas cenas trágicas, não foi em algum momento tomado de sobressalto por essa ideia? Confesso que até eu.
Não teria como passar despercebido a ninguém, mesmo para as personalidades mais alheias às coisas deste mundo, os últimos acontecimentos, de modo particular os desastres causados pelas chuvas no Brasil e o terremoto que devastou Porto Príncipe, a capital do Haiti, vitimando mais de 100 mil pessoas, dentre as quais, vários brasileiros civis e militares que estavam lá em missão humanitária. Ambos os cenários são os retratos mais recentes da tragédia humana. Em face dessa realidade, há que se empreender um esforço conjunto não apenas para solucionar os problemas emergenciais, que sem dúvida precisam ser solucionados, mas também e com desmedido empenho pensar em ações práticas e eficazes que mudem radicalmente a relação do ser humano com a natureza, uma relação até então predatória, de exploração.
Recentemente, na Conferência de Copenhague, até houve um esforço, porém frustrado, para estabelecer algumas metas preventivas ao famigerado aquecimento global. A principal delas seria diminuir radicalmente a emissão de gases poluentes. Não houve acordo. Parece que os que governam o mundo não estão preocupados com o futuro do planeta e, consequentemente, com o destino da humanidade.
Parece inevitável, sobretudo para quem foi diretamente atingido, que todo esse caos provocado pela força da natureza seja mesmo prenúncio do fim dos tempos. Quantas famílias inteiras dizimadas! Quantas pessoas desabrigadas, feridas no corpo e na alma! Tenho um amigo em São Luiz do Paraitinga, o Felipe, que perdeu tudo. Ele morava com a mãe, Paula, e os seus cinco gatos. No dia da enchente, ele estava viajando, só ficou a sua mãe e os gatos em casa. Ela conseguiu se salvar e conta em detalhes regados de emoção como tudo aconteceu, em seu blog http://www.diariosdoretiro.blogspot.com/. Vale a pena ler. Este é apenas um dentre milhares de outros relatos que revelam o sofrimento e a luta pela sobrevivência.
Por outro lado, todos esses acontecimentos lamentáveis revelam outra face da tragédia: a sensibilidade humana na sua mais alta expressão, a solidariedade. É impressionante a participação das pessoas nas campanhas em prol dos desabrigados pela chuva e em prol do Haiti. Ao menos por alguns momentos cessam-se as diferenças religiosas, sociais e políticas; todos se unem por uma mesma causa. Isso nos faz pensar que nem tudo é o fim, que ainda há uma luz de esperança, que temos de continuar acreditando no ser humano. Pena que aqueles que têm nas mãos o poder direto e legítimo de mudar os rumos do mundo permanecem impassíveis à beleza do gesto dos mais simples e pequenos.
VEJA TAMBÉM: “2010, O Ano que não começou” - um documentário de oito minutos produzido por alunos de Jornalismo da Unitau – www.youtube.com/watch?v=09EKyXyl5c8.

Mensagem Missionária

Por Pe. Carlos Enrique
Estimados leitores do jornal Comunicando, primeiramente gostaria de parabenizar a equipe que vem mantendo este informativo como um instrumento precioso de comunicação para a Paróquia do Menino Jesus.
Já estou há quase dois anos aqui no Amazonas , tem sido uma experiência sempre surpreendente, o ritmo da natureza suas transformações e sua força ditam a conduta da vida das comunidades também na sua vivência religiosa. Depois da grande enchente a maior desde 1953 ,as comunidades ribeirinhas e mesmo a sede do município se ocuparam em reconstruir o que foi danificado nas casas , ruas ,prédios públicos ,etc. Entre as igrejas da cidade a única a não ser atingida foi a Igreja católica, sendo minha casa nos tempos da enchente. A pastoral ficou paralisada , as Santas Missões previstas para o mês de agosto não puderam ser realizadas, experimentamos um desânimo das lideranças. Não bastasse essa situação veio o tempo da seca, os rios baixaram assustadoramente, o lago do Anamã praticamente secou ficando somente o leito barrento do rio que forma o lago, toneladas de peixes mortos e a impossibilidade de usar a água contaminada penalizaram bastante as comunidades.
Nestes últimos dias o nível da água começou a subir, as chuvas já começaram anunciando a época do inverno amazônico ,ainda não temos previsão do que nos espera, todos rezam para que outra grande cheia não se repita.Na paróquia os preparativos para as Santas Missões marcadas para janeiro-fevereiro de 2010 ocupam nossa atenção, devido à seca a comunicação com as comunidades se torna muito difícil, mas conseguimos organizar os núcleos.
Esse trabalho das missões é nossa grande esperança de reanimar muitas comunidades que estão dispersas , desorganizadas e indiferente a pastoral e a evangelização.Tudo é muito diferente da realidade do sul-sudeste, é necessário realmente uma atitude missionária de escuta e mergulho na cultura local, atitudes essas nem sempre fáceis de serem vividas.Quem está de fora percebe melhor os avanços da comunidade, a mim me parece muitas vez que pouco foi atingido.
Ainda não temos o nosso próprio barco o que dificulta nosso trabalho e nos expõe a muitos riscos, visto que geralmente o que se consegue não tem as condições do que se poderia esperar para uma navegação segura.A comunidade sozinha não tem condições de comprar um barco adequado, estamos esperando o resultado de promessas de ajuda que tardam a chegar.
Estou feliz aqui, o povo tem me ensinado muito, especialmente nos momentos da adversidade, não encontrei quem desesperasse , pelo contrário há uma confiança e resignação diante das intempéries do tempo ,atribuídas ao desígnio de Deus e por outro lado muita criatividade para contornar as adversidades.È um povo alegre , gosta de dançar é muito festeiro, demora um pouco mas sabe ser muito acolhedor ,um povo de uma beleza simples e natural.

Informações para os pais


Período das Inscrições:

De 23/02 à 18/03/2010

Dias e Horários:

Terça,Quarta e Quinta- 19h:30m às 21h

Sábado- 9h:30m às 11h


Local das inscrições:

Sala da Catequese-Salão Paroquial


Documento Necessário:

Certidão de Batismo
(com registro de Nº,Folha e Livro)


Idade:
Completar 9 anos até 30/06/2010

Dúvidas:
Enviar e-mail para: cat.quese_pmj2009@hotmail.com

Obs:os dias e horários de turmas serão definidos pela equipe de catequese.

O QUE É CATEQUESE ?


Por Paulo Marcondes

Sempre que falamos em catequese,pensamos logo em receber sacramentos(Eucaristia/ Crisma),mais o termo catequese vai muito além.
A catequese é o processo permanente da educação da fé,onde a pessoa educada(criança,jovem ou adulto)se coloca em prontidão para a participação ativa na comunidade em que se vive.A palavra catequese significa ECOAR.Ecoar os ensinamentos de Cristo,sua vivência em nosso meio,testemunhar o encontro pessoal com Cristo,através de nossa própria experiência pela catequese vivencial(a qual fazemos participante integralmente na comunidade).
Umas das principais tarefas da catequese atual é inserir o catequizando/família na construção da Igreja,através do acolhimento da Palavra,aceitação de Deus na própria vida e o seguimento a Jesus Cristo se tornando discípulo/missionário.Devemos ter em mente que a catequese não é só parte do catequista,e sim uma vivencia da comunidade,que é a primeira responsável pelo trabalho catequético,assim, o catequista é o porta-voz da comunidade a qual ele participa.
Portanto,vamos deixar de lado aquela velha historia que participo da catequese para receber sacramentos,pois eles são uma conseqüência da adesão à proposta do Reino,revelado por Jesus e vivido em comunidade.Os sacramentos ajudam a alimentar o processo de crescimento na fé que é permanente,pois buscamos sempre a “maturidade em Cristo”(Ef 4,13) e esta só conseguiremos se vivermos os fundamentos da fé em comunidade.


Fundamentos para a matéria: Diretório Nacional de Catequese(DNC)

Natal e Ano Novo

Por Andréia Scotton
A modernidade é muito interessante, temos muita tecnologia, muita coisa para conhecer. Variados são os inventos e locais para visitação e diversão.
Muitos destes eventos nos divertem, mas existe um evento capaz de reunir famílias (da vovó ao netinho) que durante o ano todo pouco se vêem e que nesta data têm encontro marcado com um ilustre anfitrião que proporciona a todos a paz.
Este grande encontro acontece nas missas do Natal e do Ano Novo onde muitos têm a preocupação com os presentes, com a roupa branca, com a ceia, mas acima de tudo tem a consciência de que Jesus é o nosso grande presente no Natal (e durante todo o ano), o companheiro fiel do ano que está acabando e a paz que precisamos para adentrar o ano novo que vai chegar
É bonito de se ver. As famílias chegando, para a grande ceia com o Senhor. Jesus a espera de todos os que por Ele foram salvos. Parece que nestes dias ficamos mais sensíveis, queremos estar junto da família, queremos agradecer a Deus por suas bênçãos, pedir por outras, mas que nestes momentos é preciso estar pertinho de quem se ama.
Graças a Deus, em nossa paróquia acontece o mesmo, todos em comunidade, todas as pastorais. E ficamos felizes em encontrar companheiros de comunidade que a muito não víamos, felizes pelo Padre Jaime que pôde passar o Natal com sua família também (pois vida de padre não é fácil).
Que a nossa paróquia continue sempre cheia de famílias celebrando o Natal, o Ano Novo, a Páscoa, Corpus Christi e todas as celebrações que pudemos participar, sempre acompanhados pelo Pai Eterno.

Santo em destaque

Por Verônica Moraes
Nossa Senhora da Luz também conhecida por Nossa Senhora da Candelária, Nossa Senhora das Candeias ou ainda Nossa Senhora da Purificação
Naquele tempo, toda mulher que dava a luz era considerada impura e não podia entrar no templo antes que seu filho completasse 40 dias. Quando desse 40 dias (por isso a comemoração acontece no dia 2 de fevereiro) a mulher devia se apresentar ao Sumo-sacerdote, a fim de apresentar seu sacrifício, um cordeiro, duas pombas ou duas rolas, dessa forma poderia se purificar.
Como bons cumpridores das leis, José e Maria se apresentaram a Simeão, que após ter revelado coisas maravilhosas sobre o Menino Jesus, teria diato a eles:
“Agora, Senhor, deixa partir o vosso servo em paz, conforme a Vossa Palavra. Pois os meus olhos viram a Vossa salvação que preparastes diante dos olhos das nações: Luz para aclarar os gentios, e glória de Israel, vosso povo” (Lucas, 2, 29-33).
Foi com fundamento na “Apresentação de Jesus e Purificação da Virgem” que nasceu a festa de Nossa Senhora da Purificação; do cântico de São Simeão, que promete que Jesus será a luz que irá iluminar os pagãos, nasce a veneração em torno de Nossa Senhora da Luz/das Candeias/da Candelária, cujas festas são geralmente celebradas com uma procissão de velas, para relembrar o fato.