quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Viver a virtude da gratuidade

Prof. José Pereira


Amar os irmãos,dedicar-se a eles é uma exigência que brota da seguinte convicção: “Que tens tu que não tivesses recebido”,era palavra de São Paulo aos cristãos de Corinto(1 Cor 4,7).Uma generosidade real pelos irmãos mais pobres.
Verdadeiramente,o gesto livre e gratuito,o dom no sentido mais genuíno deste termo,realizado sem segundos fins e sem esperar uma retribuição,o gesto criativo de amor que não exige qualquer recompensa,são cada vez mais raros.
São palavras de Cristo: “Recebestes de graça,daí também de graça”.
Um psicanalista norte-americano afirma: “O que nos orienta na vida de todos os dias são conceitos como: ganhar,gastar,economizar,trocar,avaliar,possuir,vender...”(James Hillman).Quais são as conseqüências desta mentalidade? Perde-se o gosto pelo amor,que por sua natureza é gratuito.
O autor do “Conde de Monte Cristo” já dizia: “Nos negócios não há amigos,somente sócios”(Alexandre Dumas).Altera-se a escala dos valores;e assim deterioram-se os relacionamentos com os outros.Também no seio da família,com os parentes,com os amigos...Esquece-se que a felicidade consiste em amar.
Se,por acaso,a perdemos,voltamos a descobrir a virtude da gratuidade! “Recebestes de graça,daí também de graça”.
E recordemos estas outras palavras de Jesus: “A felicidade está mais em dar do que em receber”(At 20,35).
A verdadeira grandeza de uma pessoa não está no seu poder,nos seus bens materiais,e nem sequer na sua inteligência,mas sim na entrega que sabe fazer de si mesmo aos outros.Recordemos: edificamos a nossa vida com aquilo que nós doamos!

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